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O tratamento farmacológico e a psicoterapia são duas opções que desempenham um papel fundamental na busca pelo bem-estar mental e emocional, uma preocupação crescente nos dias atuais.
Para colaborar com essa necessidade cada vez mais presente na nossa sociedade, a área de saúde mental conta com diversas possibilidades.
Embora ambas tenham o objetivo de promover a saúde mental, essas abordagens diferem em vários aspectos, mas também podem ser complementares, dependendo das necessidades individuais do paciente.
Neste texto, vamos explorar as diferenças e a complementaridade entre o tratamento farmacológico e a psicoterapia.
O que é o tratamento farmacológico?
A terapia farmacológica envolve o uso de medicamentos para tratar transtornos mentais.
Os medicamentos psicotrópicos, como aqueles com função antidepressiva, antipsicótica, estabilizadora de humor e ansiolítica são prescritos por médicos que atuam com saúde mental, principalmente, os psiquiatras.
Essas medicações agem no sistema nervoso central por vias diretas e indiretas com a intenção de regular o funcionamento das regiões cerebrais comprometidas nas doenças psiquiátricas.
Frequentemente, usamos essa abordagem no tratamento de doenças como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia.
Quais são as características dessa abordagem?
Foco na biologia
A terapia farmacológica tem uma abordagem predominantemente biológica, visando corrigir desequilíbrios químicos no cérebro que podem contribuir para os sintomas do paciente.
Ela se concentra em alterações neuroquímicas e na função do sistema nervoso central.
Resultados rápidos
Uma das vantagens da terapia farmacológica é a capacidade de proporcionar resultados em um prazo mais curto, aliviando sintomas em questão de semanas. Isso pode ser fundamental em situações de crise.
Acesso a médicos especializados
Os medicamentos psicotrópicos só podem ser prescritos por médicos que têm treinamento especializado na área de saúde mental, em especial, os psiquiatras.
Eficácia para alguns transtornos
A terapia farmacológica é particularmente eficaz no tratamento de transtornos como a esquizofrenia e o transtorno bipolar, nos quais há uma forte componente biológica.
O que é a psicoterapia?
A psicoterapia é uma abordagem que se baseia na comunicação verbal e na relação terapêutica entre o paciente e o profissional de saúde mental.
Existem várias modalidades de psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a psicanálise, a psicologia analítica, a DBT (terapia comportamental dialética), a terapia de grupo, entre outras.
Essas modalidades visam abordar questões emocionais e comportamentais, ajudando os pacientes a entenderem e gerenciarem seus sentimentos e pensamentos de forma mais saudável.
Quais são as características dessa abordagem?
Foco na psicologia
A psicoterapia foca em tudo que vai além das causas meramente biológicas de uma doença, o que chamamos de “dinâmica do paciente”.
Ela concentra-se na exploração das emoções, pensamentos e comportamentos.
A “dinâmica” são todos os pontos saudáveis e adoecidos da vida do indivíduo, os quais serão abordados à medida da demanda de quem se submete ao processo psicoterapêutico.
Mas é claro, sem desconsiderar as alterações neurobiológicas pertinentes a cada doença mental.
Afinal, o psicoterapeuta é quem, muitas das vezes, identifica sintomas que vão além da sua área de atuação e encaminham os pacientes para também serem avaliados por psiquiatras.
Trabalho na dinâmica
Enquanto a terapia farmacológica trata dos sintomas, a psicoterapia visa entender e abordar as causas subjacentes dos problemas emocionais.
Por exemplo, dificuldades de enfrentamento de questões pessoais que podem ter servido como gatilho para um episódio depressivo.
Desenvolvimento de habilidades
A psicoterapia ajuda os pacientes a desenvolver habilidades para o enfrentamento, comunicação e resolução de problemas. Ela instrumentaliza psiquicamente os pacientes para lidarem com desafios emocionais de forma mais eficaz.
Relação terapêutica
A relação entre o terapeuta e o paciente desempenha um papel fundamental na terapia psicoterapêutica. A empatia e o vínculo entre terapeuta e paciente são essenciais para o processo terapêutico.
Tratamento farmacológico e psicoterapia: complementaridades
É importante ressaltar que a terapia farmacológica e a psicoterapia não se excluem.
Na verdade, frequentemente as utilizamos de forma complementar e em conjunto para atender às necessidades do paciente de forma mais abrangente.
Tratamento de transtornos complexos: como será a abordagem?
Para muitas pessoas que sofrem de transtornos mentais complexos, a combinação de medicamentos e psicoterapia é a abordagem mais eficaz.
Os medicamentos agem no que está alterado na biologia e colaboram na redução dos sintomas.
Uma vez que isso acontece, facilita ainda mais o desenvolvimento dos processos individuais na psicoterapia.
Então, podemos cuidar da dinâmica do paciente.
Assim, estabelece-se a abordagem integrada dos casos de saúde mental.
Como a psicoterapia colabora com o tratamento farmacológico?
A psicoterapia também colabora na psicoeducação e pode ajudar os pacientes a entenderem a importância de seguir seus regimes de medicação, melhorando a adesão ao tratamento e o desfecho do cuidado.
Ademais, o profissional da psicoterapia mantém a parceria com o médico prescritor e também colabora na construção de estratégias de enfrentamento que podem ser particularmente úteis para lidar com os efeitos colaterais dos medicamentos ou com o estigma associado ao tratamento medicamentoso.
Tratamento farmacológico e psicoterapia: quanto tempo dura?
A psicoterapia é uma abordagem de tratamento de médio a longo prazo que ajuda a manter a estabilidade emocional e a prevenir recaídas durante e após a cessação do tratamento medicamentoso.
A escolha entre a terapia farmacológica, psicoterapia ou a combinação de ambas depende das necessidades individuais do paciente e da natureza de seu transtorno mental.
Ambas as abordagens desempenham papéis importantes no tratamento da saúde mental, e a complementaridade entre elas é um recurso valioso para garantir o bem-estar emocional e psicológico.
Acima de tudo, é fundamental que os pacientes busquem ajuda e trabalhem em colaboração com seus médicos e terapeutas para encontrarem o tratamento que melhor atenda às suas necessidades e os ajude a viver uma vida mais equilibrada e saudável.
Assim, se você estiver enfrentando dificuldades ou tiver dúvidas sobre qual abordagem é melhor para você, não hesite em marcar uma consulta conosco!
Nossa equipe está aqui para fornecer o suporte necessário, seja no processo de escolha entre tratamento farmacológico e psicoterapia, ou durante a combinação dessas abordagens.