Prevenção de alergias: entenda a importância e o impacto da alimentação

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A prevenção de alergias é um tema extremamente relevante, considerando o impacto que essas condições têm na qualidade de vida de muitas pessoas.

Para se ter uma ideia, a Organização Mundial de Alergia (WAO) estima que, aproximadamente, 40% da população global seja afetada por algum tipo de alergia.

Entretanto, é importante ressaltar que esse número pode ser subestimado devido à falta de diagnóstico precoce e à negligência em relação aos sintomas, o que potencialmente amplia a incidência não registrada.

Dentro desse contexto, é preciso não apenas reconhecer os desafios associados às alergias, mas também compreender a influência direta da alimentação na prevenção dessas reações adversas.

Ademais, contar com o apoio do alergista torna-se uma estratégia indispensável para orientar escolhas alimentares adequadas e promover um estilo de vida que minimize o desenvolvimento deste problema.

O que são as alergias e quais os tipos mais comuns?

As alergias são respostas intensas do sistema imunológico a substâncias específicas, conhecidas como alérgenos.

Essas substâncias desencadeiam uma sensibilidade no nosso organismo ao longo do tempo, à medida que o nosso corpo é exposto repetidamente aos alérgenos.

Os sintomas de uma reação alérgica podem variar de leves a graves, e algumas alergias podem representar riscos à vida, exigindo atendimento médico imediato.

Assim, existem vários tipos de alergias, sendo as mais comuns:

Alergias respiratórias

  • Asma: caracterizada por sintomas como chiado no peito, falta de ar, tosse e aperto no peito.
  • Rinite alérgica: pode causar espirros, coceira no nariz, coriza, obstrução nasal e lacrimejamento.

Aqui é importante ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 35% da população global é afetada por doenças alérgicas respiratórias.

Alergias dermatológicas

  • Dermatite atópica: apresenta-se com inflamação na pele, coceira intensa, vermelhidão e descamação.
  • Dermatite de contato: resulta de contato direto com substâncias alérgenas, causando irritação na pele.

Alergia  alimentar

  • Proteínas do leite, ovos, soja, nozes, amendoim, peixe, camarão e frutos do Mar podem causar sintomas, como dor abdominal, diarreia, vômito, inchaço (angioedema) e urticária. Além disso, sintomas mais graves, como inchaço da garganta e dificuldade de respirar, também podem ocorrer.

Alergias oftalmológicas

  • Conjuntivite alérgica: Provoca olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento e inchaço ocular.

Alergia a picadas de insetos

  • Reações locais ou sistêmicas após picadas de insetos, como abelhas e vespas.

Anafilaxias

  • São as reações alérgicas graves e potencialmente fatais, envolvendo sintomas como dificuldade respiratória, inchaço na garganta, queda de pressão e choque.

Como a alimentação pode colaborar para a prevenção de alergias?

Uma dieta equilibrada não só fortalece o organismo, como também pode oferecer propriedades eficazes contra alergias e intolerâncias.

Dessa forma, para prevenir crises alérgicas, incluir na rotina alimentos ricos em agentes antioxidantes é uma estratégia valiosa.

Além disso, é importante manter uma variedade de alimentos na dieta para garantir a ingestão de diferentes nutrientes, como vitaminas e minerais, componentes fundamentais no fortalecimento do sistema imunológico.

E, principalmente, uma dieta com base em produtos naturais (“descasque e não desembale”) e rica em fibras ajuda no desenvolvimento e manutenção de uma microbiota intestinal adequada. 

A microbiota intestinal é composta por uma série de microrganismos, a maioria bactérias, que realiza todo um treinamento do nosso sistema imune para que ele fique competente em diferenciar entre as substâncias ameaçadoras e àquelas que colaboram para o bom funcionamento do organismo. Ajudando assim na prevenção das alergias.

Estratégia nutricional para prevenção de alergias

Muitos são os questionamentos em relação ao potencial que a dieta tem de estimular ou prevenir alergias, além de qual seria o momento certo para introduzir alguns alimentos na vida do bebê.

Uma pesquisa recente a respeito do tema, que revisou a literatura dos últimos 50 anos, apontou as seguintes recomendações:

  • Todas as mulheres grávidas devem manter uma dieta balanceada, sem restrições, durante a gestação. 
  • Restringir alérgenos alimentares durante a gravidez parece ter pouco ou nenhum efeito sobre o desenvolvimento de alergias alimentares na primeira infância
  • Recomenda-se a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida, seguida pela introdução gradual de alimentos, sem adiar a inclusão de alimentos potencialmente alergênicos na dieta do bebê. 

Sabe-se que, para todas as pessoas,  é muito importante manter uma dieta o mais variada possível, rica em fibras e evitar os alimentos ultraprocessados.

Em casos especiais deve-se consultar especialistas alergistas ou nutricionistas para uma orientação personalizada.

Quais alimentos e nutrientes colaboram para a prevenção de alergias?

Embora seja difícil garantir a prevenção de alergias apenas com a dieta, alguns alimentos podem contribuir para um sistema imunológico mais forte e para a redução do risco de desenvolvimento de alergias.

Aqui estão algumas estratégias que podem colaborar para a prevenção de alergias:

Alimentos ricos em ômega-3

Ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos (como salmão, sardinha e arenque), linhaça e chia, podem ter efeitos anti-inflamatórios e colaborar para um sistema imunológico saudável.

Alimentos ricos em fibras

Uma dieta rica em fibras pode promover uma microbiota intestinal saudável, que possui um importante papel na regulação do sistema imunológico e na proteção contra alergias.

Alimentos ricos em fibras incluem frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, nozes e sementes

Probióticos e prebióticos

Probióticos (bactérias benéficas encontradas em alimentos fermentados como iogurte, kefir, kimchi e chucrute) e prebióticos (fibras que alimentam essas bactérias benéficas, encontradas em alimentos como alho, cebola, aspargo e bananas) ajudam a desenvolver uma microbiota saudável e assim a fortalecer o sistema imunológico e a saúde intestinal.

Vitamina D

A vitamina D tem sido associada à regulação do sistema imunológico.

Fontes alimentares incluem peixes gordurosos, gema de ovo, fígado e alimentos fortificados, além da exposição moderada ao sol.

Frutas e vegetais ricos em antioxidantes

Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas cítricas, morangos, maçãs, nozes, vegetais de folhas verdes escuras e tomates, podem ajudar a combater a inflamação e fortalecer o sistema imunológico.

No entanto, para a prevenção e controle das alergias, também é crucial evitar os alimentos ultraprocessados e com excesso de açúcar e gorduras.

Quais outros hábitos são necessários para prevenir o desenvolvimento de alergias?

Além de uma dieta equilibrada existem outras medidas que podem colaborar na prevenção de alergias.

Manter o ambiente limpo, bem ventilado e controlar a umidade ajuda a prevenir o crescimento de mofo, um desencadeador comum de alergias.

Práticas de higiene pessoal, como lavar as mãos, também são importantes, mas é fundamental não exagerar nesse aspecto.

Para saber mais sobre a relação entre a teoria da higiene e o aumento das doenças alérgicas, acesse esse texto em nosso blog.

Além disso, ressaltamos que a prática regular de atividade física é outro item que contribui para a saúde geral do corpo.

Também reforçamos a importância de ter consultas médicas regulares com o alergista para os pacientes com histórico de alergias para identificar precocemente potenciais problemas e permitir a implementação de estratégias de prevenção personalizadas.

Então, em caso de dúvida ou ao experimentar sintomas alérgicos, agende uma consulta com um de nossos especialistas!

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