Desvendando a síndrome metabólica: conheça as abordagens atuais e os tratamentos mais eficazes

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Em um mundo onde o estilo de vida sedentário e as escolhas alimentares inadequadas se tornaram cada vez mais comuns, a síndrome metabólica emerge como uma ameaça crescente à saúde da população.

Esta condição é caracterizada por diversas alterações hormonais que trazem malefícios para a saúde do paciente.

Dessa forma, o diagnóstico serve como um sinal de alerta, indicando a necessidade urgente de agir. 

O leque de opções para o tratamento da síndrome metabólica dependerá de sua causa e abrange desde ajustes alimentares até o uso de medicamentos e terapias.

Saiba mais sobre o assunto nesse texto!

O que é a síndrome metabólica e por que ela ocorre? 

A síndrome metabólica ocorre quando o paciente possui uma série de alterações metabólicas e hormonais que elevam significativamente as chances de desenvolver problemas de saúde, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes tipo 2.

Nesse caso, esses problemas estão inter-relacionados e, frequentemente, ocorrem juntos, exacerbando o risco de complicações futuras.

As manifestações da síndrome metabólica tendem a começar na idade adulta ou na meia-idade, com o risco e a prevalência aumentando consideravelmente com o envelhecimento.

Um estudo publicado em 2020 aponta que, dos pacientes diagnosticados com o problema, 41,8% são mulheres, 47,5% possuem baixa escolaridade e 66,1% são idosos. 

Como principais fatores de risco, podemos citar a circunferência da cintura alta e o colesterol HDL ( conhecido como “colesterol bom”) baixo.

De acordo com a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), uma circunferência abdominal acima de 102 cm em homens e  88 cm em mulheres são fatores preocupantes. 

Além disso, o HDL menor que  40 mg/dl em homens e que 50 mg/dl em mulheres também merece atenção, principalmente quando esses dois fatores são combinados. 

Há também evidências de relação entre síndrome metabólica e a síndrome dos ovários policísticos em mulheres.

Diante da complexidade desta condição, fazer uma análise criteriosa do quadro do paciente é fundamental para identificá-la e definir a melhor forma de tratamento. 

Como realizamos o diagnóstico da síndrome metabólica?

De acordo com a ABESO, para confirmar a presença desta condição, é necessário identificar a associação de três ou mais dos seguintes fatores de risco (conforme NCEP critério ATP III e a WHO Critério da ATP III):

  • Obesidade Abdominal*: Cintura > 102 cm em homens e > 88 cm em mulheres
  • Hipertrigliceridemia ≥ 150 mg/dl
  • HDL Colesterol Baixo: < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres
  • Pressão Arterial Elevada: ≥ 130/85 mmHg
  • Glicemia de Jejum Elevada: ≥ 100 mg/dl

*Na população brasileira, há uma tendência a se usarem os mesmos parâmetros indicados para a população asiática :

  • ≥ 90 cm para homens
  • ≥ 80 para mulheres

Outros marcadores laboratoriais, como a proteína C-reativa (PCR), que sinaliza a presença de inflamação no corpo, também são considerados na avaliação diagnóstica da síndrome metabólica.

A presença elevada deste marcador indica processos inflamatórios que aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

Como realizamos o tratamento dessa condição?

O tratamento da síndrome metabólica foca na reversão dos fatores de risco que contribuem para a condição.

Por essa razão, o combate à obesidade é uma das estratégias mais importantes. 

Sabemos que essa é uma doença complexa que demanda tratamento multidisciplinar, mas a adoção de uma dieta adequada e a prática regular de atividade física emergem como as mais fundamentais medidas a serem implementadas.

A alimentação rica em nutrientes e com baixa ou nenhuma quantidade de alimentos processados e açúcares refinados é essencial para controlar os níveis de glicose e lipídios no sangue, além de auxiliar na perda de peso.

A atividade física regular, por sua vez, melhora a eficácia com que o corpo usa a insulina e ajuda na queima de gorduras, sendo um componente essencial para a manutenção do peso saudável e para a melhoria da saúde cardiovascular.

Contudo, quando os fatores de risco associados à síndrome metabólica se apresentam de difícil controle, a intervenção medicamentosa torna-se importante.

Assim, podemos prescrever medicamentos para tratar a hipertensão arterial, regular os níveis de colesterol e triglicérides, e melhorar o controle da glicose no sangue.

Em alguns casos, pode ser necessário também o uso de medicamentos para a perda de peso.

É importante salientar que o tratamento da síndrome metabólica deve ser abordado de maneira individualizada.

Além disso, o acompanhamento regular com o endocrinologista é fundamental para monitorar o progresso e ajustar o plano de tratamento.

Como prevenir a síndrome metabólica?

Como vimos, essa condição, frequentemente associada aos hábitos da vida moderna como alimentação inadequada e sedentarismo, tem a obesidade como um dos principais fatores de risco.

Dessa forma, a prevenção envolve várias estratégias:

Alimentação equilibrada

A escolha dos alimentos consumidos diariamente é importante.

Dietas equilibradas e com uma ingestão controlada de açúcar e farinha refinada são eficazes no controle do peso.

Ademais, priorize o consumo de vegetais, frutas, proteínas magras e grãos integrais.

No nosso blog, temos um artigo completo sobre como identificar e contornar a compulsão alimentar, acesse e saiba mais!

Atividade física regular

Incorporar atividades físicas no cotidiano é essencial.

Isso não se limita apenas ao exercício praticado em academias.

Atividades simples, como caminhar até a padaria, usar as escadas em vez do elevador e outras formas de movimento no dia a dia são igualmente valiosas.

Tenha uma vida ativa!

Evitar o uso de substâncias prejudiciais

Cigarro e bebidas alcoólicas, quando associados a outros fatores de risco, podem agravar a condição da síndrome metabólica.

Portanto, evitá-los contribui para a prevenção não apenas desta condição, mas também de outras doenças crônicas.

Avaliação médica regular

Independentemente de estar ou não com excesso de peso, é importante passar por avaliações médicas periodicamente para identificar precocemente possíveis fatores de risco da síndrome metabólica.

Essa prática permite intervenções oportunas para evitar o desenvolvimento da condição.

Adotar essas medidas contribui não só para prevenir a síndrome metabólica, mas também para promover um bem-estar geral e a longevidade.

Lembramos que mudanças no estilo de vida podem parecer desafiadoras inicialmente, mas os benefícios a longo prazo são inestimáveis.

Então, caso você experimente os sintomas relacionados à síndrome metabólica, agende uma consulta com um de nossos especialistas o quanto antes e receba o acompanhamento necessário!

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