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Você já se perguntou se aquele espirro ou aquela coriza incômoda são sinais de um resfriado comum ou de rinite alérgica?
No Brasil, quase um terço da população enfrenta alguma forma de alergia respiratória, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
Isso torna ainda mais importante entender se você está lidando com uma alergia ou com um vírus passageiro.
Embora rinite alérgica e resfriados compartilhem muitos sintomas semelhantes, eles são, na verdade, bem diferentes em termos de causas, tratamento e como você deve gerenciá-los no seu dia a dia.
Entender essas diferenças permite adotar um tratamento adequado, mantendo esses incômodos sob controle de forma mais eficaz.
Entenda melhor neste artigo!
O que é a rinite alérgica?
A rinite alérgica é uma inflamação das vias nasais causada por uma reação do nosso sistema imunológico a um fator ambiental desencadeante da alergia.
Essa condição divide-se em duas categorias principais: sazonal e perene.
A rinite alérgica sazonal é, geralmente, causada por alérgenos específicos de cada estação do ano e varia de acordo com a localização geográfica.
Por outro lado, a rinite alérgica perene ocorre o ano todo e costuma ser causada por alérgenos presentes na poeira de ambientes internos, como ácaros e pelos de animais.
É importante saber que essa condição, muitas vezes, coexiste com a asma.
Estudos indicam que mais de 80% dos pacientes asmáticos também sofrem de rinite alérgica, embora essa coexistência não seja identificada adequadamente na maioria dos casos.
Dessa forma, além da rinite alérgica já causar grande impacto na qualidade de vida de quem sofre com a doença, ela também pode aumentar a probabilidade do paciente desenvolver asma ou, ainda, intensificar a gravidade da asma já existente.
O que é o resfriado?
O resfriado comum é uma infecção viral leve que afeta o trato respiratório superior, incluindo nariz e garganta. Causa tosse, espirro, coriza, obstrução nasal, dor na garganta que dura em torno de 5 a 7 dias.
Ele é causado por uma variedade de vírus, sendo o rinovírus o mais prevalente.
A transmissão ocorre, principalmente, através de gotículas respiratórias no ar, provenientes de tosses ou espirros de pessoas infectadas, ou por toque em superfícies contaminadas, seguido de contato com olho, nariz ou boca.
O risco de contrair um resfriado é maior em ambientes onde há contato frequente com outras pessoas infectadas, como escolas ou transportes públicos.
Fatores como ter alergias respiratórias não tratadas e mudanças sazonais também podem aumentar a susceptibilidade aos resfriados, especialmente durante os meses mais frios, quando as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados.
Qual a diferença entre rinite alérgica e resfriado?
Como vimos, a rinite alérgica e os resfriados são condições com sintomas semelhantes, mas com causas diferentes.
Enquanto a rinite é uma resposta imunológica ao ambiente, o resfriado é uma infecção que se espalha de pessoa para pessoa.
Em termos de sintomas, a rinite alérgica caracteriza-se por coceira nos olhos, nariz e garganta, espirros frequentes, coriza aquosa e transparente, congestão nasal e, às vezes, olhos vermelhos e lacrimejantes. Não é comum haver febre.
Por outro lado, o resfriado comum, além da congestão nasal e coriza, pode causar dor de garganta, tosse, fadiga, dor de cabeça leve, febre baixa e mal-estar geral.
A duração dos sintomas também diferem, uma vez que, na rinite alérgica, eles podem persistir enquanto a pessoa estiver exposta ao alérgeno.
Já no caso do resfriado comum, os sintomas geralmente duram entre 7 a 10 dias e tendem a melhorar à medida que o corpo combate o vírus.
Como diagnosticar e tratar a rinite alérgica?
Diagnosticar e tratar a rinite alérgica envolve um conjunto de estratégias, iniciando com uma avaliação detalhada feita pelo alergista.
Começamos com uma análise aprofundada do histórico médico e dos sintomas do paciente, como espirros, congestão nasal e irritação nos olhos.
Durante o exame físico, também examinamos as áreas nasal e ocular para sinais típicos de inflamação alérgica, como mucosa nasal pálida ou azulada e inchaço ao redor dos olhos.
Ademais, para um diagnóstico preciso, podemos realizar testes específicos, como os testes cutâneos de alergia, que envolvem a aplicação de extratos de alérgenos na pele para verificar reações, ou exames de sangue que medem os níveis de anticorpos IgE específicos.
Estes testes ajudam a identificar a quais alérgenos o paciente é sensível e orientam a estratégia de tratamento.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre o teste de alergia, acesse e saiba mais!
O tratamento, então, é customizado para cada paciente e, frequentemente, começa com evitar o contato alérgenos identificados.
Podemos prescrever medicamentos como anti-histamínicos para controlar a coceira e os espirros, corticosteroides nasais para reduzir a inflamação alérgica e lavagem nasal com soro fisiológico para alívio temporário da congestão nasal.
Já para os casos mais severos ou persistentes, podemos recomendar a imunoterapia.
Esse tipo de abordagem envolve a exposição gradual do paciente ao alérgeno para desensibilizar seu sistema imunológico.
Conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a imunoterapia é eficaz na indução de remissão das doenças alérgicas, especialmente na rinite e na asma, proporcionando controle dos sintomas por aproximadamente 10 anos após o término do tratamento.
Tratamento dos resfriados
Já o tratamento para resfriados é focado no alívio dos sintomas, pois a infecção viral costuma se resolver sozinha em alguns dias.
É importante descansar, manter-se hidratado e usar medicamentos para aliviar sintomas como dor de garganta, febre e congestão nasal.
Medicamentos antivirais não são eficazes para resfriados comuns, mas cuidados como inalação, lavagem nasal com soro fisiológico e consumo de chás podem ajudar a melhorar o desconforto.
Se os sintomas persistirem por mais de uma semana ou piorarem, é aconselhável procurar um médico para descartar complicações.
Como prevenir essas condições?
A prevenção da rinite alérgica e do resfriado comum envolve estratégias para minimizar a exposição aos alérgenos e vírus, confira abaixo:
Prevenção da rinite alérgica
- Manter janelas fechadas durante períodos de alta contagem de pólen;
- Usar purificadores de ar com filtros HEPA para capturar alérgenos;
- Lavar roupas e tomar banho após atividades ao ar livre para remover pólen;
- Manter a casa limpa, livre de poeira e ácaros, usando aspiradores com filtros HEPA e lavando regularmente a roupa de cama em água quente;
- Evitar objetos que acumulem poeira, principalmente nos quartos, como tapetes, cortinas e muitos enfeites.
- Evitar animais de estimação em áreas de descanso ;
- Manter a umidade em casa abaixo de 50% para tentar reduzir a presença de ácaros e mofo.
Prevenção do resfriado comum
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos é uma das melhores maneiras de evitar a transmissão de vírus do resfriado;
- Manter distância de pessoas doentes e evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies que são tocados frequentemente, como telefones, teclados e maçanetas. Isso pode ajudar a reduzir a propagação de vírus;
- Manter um sistema imunológico forte através de uma dieta equilibrada, exercício regular e sono adequado também pode ajudar a reduzir a frequência dos resfriados.
Como vimos, tanto a rinite quanto os resfriados causam bastante desconfortos, mas são condições diferentes que demandam tratamentos diferentes.
Portanto, se você está enfrentando sintomas que podem ser de rinite alérgica, como espirros frequentes, congestão ou coriza, não hesite em procurar o Centro Afeto.
Agende uma consulta com um de nossos especialistas o quanto antes para receber um plano de tratamento totalmente personalizado!