Suplementação de vitamina D: será que preciso fazer?

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A suplementação de vitamina D tem ganhado destaque quando falamos de saúde e qualidade de vida graças ao reconhecimento de seu importante papel em nosso organismo.

Conhecida como a “vitamina do sol”, essa substância é essencial para diversas funções, desde a regulação do cálcio até o fortalecimento do nosso sistema imunológico.

Porém, com o ritmo acelerado da vida moderna e o fato de passarmos um menor tempo ao ar livre, a queda desta vitamina na população tem sido uma constante. 

Um estudo publicado no Journal of the Endocrine Society avaliou os níveis de vitamina D em habitantes de Salvador, Curitiba e São Paulo. 

A prevalência geral de deficiência de vitamina D foi de 15,3%, enquanto a de insuficiência atingiu 50,9%.

Vale ressaltar que foram classificados como insuficientes os indivíduos com níveis de vitamina D inferiores a 30 ng/mL e deficientes aqueles com menos de 20 ng/mL.

Assim, com esse déficit se tornando mais comum, fica a questão : será que todos precisamos adicionar a suplementação de vitamina D na nossa dieta?

O que é a vitamina D?

A vitamina D é um micronutriente essencial que se dissolve em gordura, permitindo seu armazenamento em grandes quantidades no corpo, especialmente no fígado.

Ela é vital para a saúde óssea, pois facilita a absorção de cálcio e fósforo no intestino, elementos essenciais para a formação e manutenção de ossos e dentes fortes.

Existem duas formas principais de vitamina D:

Vitamina D2 (Ergocalciferol)

Derivada de fontes vegetais, é obtida através da ingestão de alimentos como cogumelos expostos à luz solar e produtos alimentícios fortificados.

Vitamina D3 (Colecalciferol)

Produzida na pele quando exposta à luz solar, especificamente aos raios UVB.

Além de ser sintetizada pelo corpo, a vitamina D3 está presente em leite e derivados, em alimentos de origem animal, como peixes gordurosos (salmão, sardinha), fígado e gema de ovo, além de suplementos vitamínicos.

As recomendações diárias de consumo de vitamina D, segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), são:

  • De 0 a 12 meses: 400 UI ou 10 mcg;
  • De 1 a 69 anos: 600 UI ou 15 mcg;
  • Acima de 70 anos: 800 UI ou 20 mcg.

O que a falta de vitamina D pode provocar?

A falta desse nutriente no organismo pode trazer uma série de sintomas, sendo os principais:

  • Fraqueza muscular e cansaço;
  • Sensação de desconforto nos ossos e nas articulações;
  • Alterações de humor, como sentimentos de tristeza;
  • Redução da densidade óssea;
  • Aumento da sensação de sono;
  • Recorrência de infecções respiratórias;
  • Diminuição da resistência imunológica e elevação do risco de infecções;
  • Complicações no crescimento de crianças;
  • Declínio da capacidade cognitiva em idosos.

Além disso, existem evidências que a falta de vitamina D no organismo pode causar prejuízos para a saúde mental dos pacientes.

De acordo com um estudo, a deficiência desta vitamina pode aumentar em até 75% o risco de depressão em indivíduos com idade superior a 50 anos.

Pelo fato dessa vitamina atuar também na regulação do sistema central e endócrino, sua deficiência causa sintomas como cansaço, sono excessivo e enxaquecas, afetando negativamente a qualidade de vida. 

O que pode ocorrer é que o paciente entre em um ciclo no qual a fadiga crônica leva à frustração e  desânimo, podendo gerar quadros de ansiedade e depressão.

Quais são os benefícios da vitamina D para o nosso organismo?

A vitamina D oferece diversos benefícios importantes para o nosso organismo. Entre os principais, estão:

Saúde óssea

A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio e fósforo no intestino, ajudando a formar e manter os ossos e dentes fortes.

Dessa forma, ela previne doenças como raquitismo em crianças e osteoporose em adultos.

Função muscular

Ela contribui para a saúde muscular, melhorando a força e a função dos músculos, o que pode ajudar a prevenir quedas e fraturas, especialmente em idosos.

Sistema imunológico

A vitamina D tem um papel importante na modulação do sistema imunológico, ajudando a combater infecções e a reduzir o risco de doenças autoimune.

Saúde cardiovascular

Níveis adequados de vitamina D estão associados à redução do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, ataques cardíacos e derrames.

Redução do risco de diabetes

Estudo publicado pela “Annals of Internal Medicine” indica que a vitamina D pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir o risco de diabetes tipo 2.

Prevenção de certos tipos de câncer

Em um estudo publicado pelo jornal britânico BMJ, foi reforçada a teoria de que a vitamina D pode ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer.

Os pesquisadores concluíram que níveis mais altos de vitamina D estavam associados a um risco aproximadamente 20% menor de câncer tanto em homens quanto em mulheres.

Saúde respiratória

A vitamina D pode ajudar a proteger contra infecções respiratórias, como resfriados e gripes, e pode ter um papel na redução da gravidade de condições respiratórias crônicas, como a asma.

Suporte no tratamento da depressão

Um estudo que fez uma revisão de 41 artigos científicos examinou a eficácia da vitamina D na redução dos sintomas depressivos em adultos. Os resultados demonstraram um efeito positivo da vitamina D na diminuição desses sintomas. 

Como saber se preciso fazer a suplementação de vitamina D?

A suplementação de vitamina D é uma forma eficaz de garantir níveis adequados desse nutriente. Entretanto, reforçamos que ela não deve ser feita sem orientação médica.

Assim, o ideal é agendar uma consulta com o especialista, que pode solicitar um exame de sangue para medir os níveis de vitamina D e determinar se há deficiência ou insuficiência da vitamina.

Nesse sentido, a avaliação e a necessidade de suplementação são particularmente importantes para indivíduos que possuem alguns indicativos, por exemplo:

  • Pessoas com exposição solar limitada;
  • Idosos acima de 60 anos;
  • Pessoas com obesidade ou síndromes de má absorção no trato digestivo;
  • Indivíduos com osteoporose, fraturas ou quedas recorrentes;
  • Gestantes;
  • Diabéticos;
  • Pacientes com câncer, doenças autoimunes ou doença renal crônica;
  • Pessoas com insuficiência hepática.

Apesar desses grupos geralmente possuírem indicação para realizar a suplementação de vitamina D, reforçamos que a falta de supervisão médica pode levar a dosagens inadequadas.

Além disso, a ingestão excessiva de vitamina D pode causar intoxicação, resultando em complicações de saúde como hipercalcemia (níveis elevados de cálcio no sangue), que pode afetar os rins, ossos e coração.

Como realizamos a suplementação da vitamina D?

Podemos realizar a suplementação de vitamina D de diversas formas.

A maneira mais comum é através de suplementos orais, disponíveis em cápsulas ou comprimidos que contêm vitamina D em dosagens que variam geralmente de 400 a 5000 UI (unidades internacionais) por dia.

Esses suplementos são oferecidos em duas formas principais: D2 (ergocalciferol), proveniente de fontes vegetais, e D3 (colecalciferol), de origem animal, sendo esta última mais eficaz para elevar e manter os níveis de vitamina D no sangue.

Porém, para aqueles que têm dificuldades em engolir cápsulas, a vitamina D também está disponível em gotas líquidas, que podem ser facilmente adicionadas à comida ou bebida, sendo uma opção prática, especialmente para crianças e idosos.

Além disso, em casos de deficiência severa, é possível administrar injeções de vitamina D.

Portanto, se você suspeita de baixa quantidade de vitamina D no organismo, o primeiro passo é consultar um especialista para uma avaliação adequada e orientações personalizadas.

Isso garantirá que você receba a dosagem correta e evite possíveis efeitos adversos.

O Centro Afeto conta com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada para realizar um diagnóstico preciso e indicar a melhor abordagem para o seu caso.

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